O governo do estado encontrou uma forma inusitada de tentar impedir a manifestação dos servidores públicos marcada para esta segunda (29), na praça das Bandeiras. A praça amanheceu com vários carros, embora seja proibido estacionar no local. É a primeira vez, desde sua fundação, que o espaço é tomado por veículos, o que leva a crer que seja tão somente uma estratégia para impedir a ocupação.

Desde a semana passada o governo quis impedir a realização do protesto (veja aqui). A organização do movimento alerta que isso não vai inibir a manifestação, onde se espera contar com pelo menos 5 mil pessoas.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais do Estado de Mato Grosso (Sindpeco), Alisson Trindade, foi solicitado ao Fórum de Cuiabá, a liberação da Praça da Brandeiras para realizar a manifestação, porém, o governo negou alegando que a mesma estaria em obras.

“Pelo incrível que pareça, chegamos hoje de manhã no local e tinha vários carros estacionados dentro da praça, sendo que é proibido. Provavelmente, são de funcionários comissionados para tentar impedir o movimento, mas vamos instalar as barracas da mesma forma”, afirmou o presidente.

Conforme os sindicatos, mais de mil pessoas dos municípios de Mato Grosso, estão a caminho para participar da manifestação. A expectativa é que mais de cinco mil pessoas estarão no movimento. A proposta não foi aceita após duas reuniões realizadas pelo Fórum Sindical e representantes dos sindicatos de Mato Grosso e decidiram realizar Assembleia Geral Unificada de forma protestante.

O ATO

O Fórum Sindical convocou os servidores para estarem em Assembleia Geral Unificada, nesta segunda-feira (29), na Praça das Bandeiras, em Cuiabá. Segundo o presidente do Sindicato Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma-MT) , Oscarlino Alves, o governo fez uma proposta de pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) que não foi aceita.

A proposta passada pelo governo foi o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) do ano de 2017, em três parcelas, sendo duas com índice de 2.1500% e a terceira com 2.1407%, totalizando 6.5800%. Já do ano de 2018, a proposta é de serem duas parcelas, a primeira com índice de 2.0000% e a segunda com 2,1471%, o que totaliza 4.1900%.